Autor: Edson Osni Ramos (Cebola)
Fontes: Ramos, E. , Crônicas de Física, volume 2, editora Pascal, Florianópolis, 2000.
Revista Veja na Sala de Aula, editora Abril, edição de 6 de outubro de 2004.
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Revista Veja na Sala de Aula, editora Abril, edição de 6 de outubro de 2004.
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.O timbre é a qualidade fisiológica do som que identifica a fonte emissora da onda sonora. Está relacionado ao formato da onda (número de harmônicos) e é o que nos permite distinguir sons de mesma altura e mesma intensidade, emitidos por fontes diferentes.
Quando você atende ao telefone e reconhece a voz de seu interlocutor, você reconheceu o timbre da voz dele. Cada um de nós possui um timbre de voz característico, mesmo que, para algumas pessoas (mães e filhas ou pais e filhos, por exemplo) as vozes sejam aparentemente muito semelhantes.
Para se ter noção de como o formato da onda (timbre) emitida por uma fonte difere da emitida por outra fonte, observe a figura a seguir, onde um diapasão, uma clarineta e um trompete emitem, cada qual, sons de mesma intensidade e mesma freqüência (no caso, a nota lá, com freqüência de 440 Hz). Na análise harmônica da figura, perceba a diferença entre os harmônicos de cada som emitido.
Quando você atende ao telefone e reconhece a voz de seu interlocutor, você reconheceu o timbre da voz dele. Cada um de nós possui um timbre de voz característico, mesmo que, para algumas pessoas (mães e filhas ou pais e filhos, por exemplo) as vozes sejam aparentemente muito semelhantes.
Para se ter noção de como o formato da onda (timbre) emitida por uma fonte difere da emitida por outra fonte, observe a figura a seguir, onde um diapasão, uma clarineta e um trompete emitem, cada qual, sons de mesma intensidade e mesma freqüência (no caso, a nota lá, com freqüência de 440 Hz). Na análise harmônica da figura, perceba a diferença entre os harmônicos de cada som emitido.
O timbre pode ser melhor explicado premindo-se a tecla de um piano. Assim, uma corda é posta a vibrar, produzindo um som caracterizado por uma freqüência fundamental (correspondente à nota própria da tecla) mais os sons que a corda gera vibrando de modos diferentes. Há, na corda, durante a emissão sonora , uma vibração complexa que pode ser decomposta em partes simples: uma oscilação cujo comprimento de onda é igual ao dobro do comprimento da corda (freqüência fundamental, ou harmônico de primeira ordem); outra cujo comprimento de onda é metade desse fundamental (harmônico de segunda ordem, de freqüência mais alta); outra, ainda, com o comprimento de onda igual a um terço da dupla extensão da corda (harmônico de terceira ordem, de freqüência ainda mais elevada), e assim por diante, até o limiar superior de audição do ouvido humano, situado em torno de 16 000 Hz.
Cada instrumento diferencia-se dos demais pelo timbre. A mesma nota emitida por uma trompa soa diferente quando produzida por um violino. Isso acontece porque, embora a freqüência fundamental dos sons seja a mesma em ambos os instrumentos, a excitação das freqüências harmônicas é diferente. No violino uma extensa gama de harmônicos comparece junto à fundamental, resultando do conjunto desses sons o timbre do instrumento.
Cada instrumento musical tem a característica de emitir uma mesma nota com timbre diferente daquele dos demais. Isso dá ao instrumento uma qualidade particular, que o torna único.
A madeira e os espaços de ar no corpo de um violino ao longo das cordas são essenciais na produção de um bom som. Um bom violino tem a virtude especial de vibrar fielmente com cada corda e nas diversas alturas, mesmo nas mais agudas. Um violino deficiente altera as vibrações, aumentando algumas e omitindo outras.
O estudo dos instrumentos de corda está baseado na teoria das ondas estacionárias, ou seja, na freqüência das ondas sonoras que as cordas emitem. Essas freqüências naturais dependem de três fatores: a densidade linear das cordas, o módulo da tração a que elas estão submetidas e o comprimento da corda.
Sopre na boca de várias garrafas que contenham quantidades diferentes de água. As que contiverem mais ar produzirão um tom mais baixo do que as outras. A coluna de ar mais longa, como a corda mais longa, produz o som mais grave.
Na maioria dos instrumentos de sopro, do flautim ao órgão, muda-se a freqüência do som alterando-se o comprimento da coluna de ar. Em instrumentos como flautim, flauta, clarineta, saxofone, oboé e fagote o músico aumenta a coluna de ar cobrindo os orifícios do instrumento e a diminui descobrindo-os. Isso é feito com as pontas dos dedos diretamente ou com auxílio de teclas.
No trombone de vara faz-se o aumento e a redução da coluna de ar movimentando-se para dentro e para fora um tubo em forma de U. Em outros instrumentos, como a corneta, tuba, clarim, trompa e trombone - o que produz a vibração do ar é a vibração dos lábios do músico.
Como instrumentos de ritmo, os tambores produzem sons que diferem radicalmente dos produzidos por instrumentos mais melodiosos. Um bombo e uma tuba, por exemplo, produzem sons de muito baixa intensidade. Mas a tuba toca uma nota musical definida, ao passo que o som do bombo é mais explosivo do que melódico. A razão é que a nota da tuba é composta de um certo número de ondas sonoras, cada qual com um comprimento de onda específico, ao passo que a pele em vibração do bombo e o seu interior cavernoso produzem um enxame desorganizado de ondas. Em vista do tamanho do bombo, suas ondas são quase todas de baixa intensidade, mas incoerentes demais para compor uma nota reconhecível.
Os tambores compreendem a subdivisão mais importante dos instrumentos de percussão. Tais instrumentos podem abranger quase tudo o que produz som quando percutido.
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