sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Alguns Movimentos Musicais Brasileiros e suas Principais Unidades:


 
Bossa Nova (1958 – 1964)
Formada por músicos e compositores da classe média alta.
Características musicais: desenvolvimentos do canto falado ao invés da valorização da voz.
Com as mudanças políticas causadas pelo golpe militar as canções começaram a trazer temas sociais.
Usada como instrumento de contestação política da classe média carioca.

Tropicalismo
Marco inicial: festival de música de 1967.
Influência da cultura popular brasileira e internacional, e de correntes de vanguarda como o concretismo.
Possibilita um sincretismo entre vários estilos musicais como o rock, bossa nova, baião, samba, bolero, etc.
As letras possuem tom poético elaborando críticas sociais e abordando temas do cotidiano.
NÃO queriam utilizar a música como arma de combate político à ditadura militar. Acreditavam que a inovação estética musical já era uma forma revolucionária.
Introdução da guitarra elétrica – receberam críticas por esta utilização, diziam que era influência da cultura americana.
Novos padrões estéticos.

Clube da Esquina (1970)
Movimento musical mineiro – representa o espírito de Minas.
Música revolucionária, regionalista, sofisticada com influência do barroco mineiro
Ideologia: pregava a busca de uma vida mais equilibrada e feliz.
Consciência ecológica no Brasil.
O homem, o questionamento do progresso, a estrada, a natureza, a busca do equilíbrio.
Compunham e tocavam em grandes bandos.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Tribos Urbanas X Movimentos Musicais

Tribos Urbanas

Tribo jovem ou tribo urbana é o nome dado a um grupo de pessoas com hábitos, valores culturais, estilos musicais e/ou ideologias políticas semelhantes. Algumas tribos são alternativas à ordem social baseada na organização familiar, outras são apenas nomes genéricos dados a determinados grupos de pessoas.

Tribos jovens são mais comuns em grandes metrópoles, por esse motivo são chamadas de tribos urbanas.

Todos os movimentos de contracultura são tribos urbanas, porém, nem todas as tribos urbanas são movimentos de contracultura.

Uma tribo jovem não é determinada por sua ideologia política, pois, nesse caso, o movimento hippie e o movimento punk seriam iguais. Apesar de ambos serem movimentos anarquistas, as atitudes dos hippies e dos punks são muito diferentes.

Na pré-história, os grupos humanóides se fortaleciam por interesses em comum e genomas em comum, e hoje isto se repete com um certo grau de relevância, o que é bastante interessante, visto que as subespécies humanas tendem a se aglomerar nas cidades e abandonar culturas instintivas - o que tem se provado falso na prática principalmente graças ao advento da internet.

Existe um grande número de tribos jovens. Algumas das tribos jovens são:
* Baladeiros
* Emos
* Headbangers/Metaleiros
* Hippies
*
Nerds: Geeks, Trekkers, Otakus e Afins
* Patricinhas
* Punks
* Rockeiros
* Skinheads












Movimentos Musicais

Para se entender o que é um Movimento Musical, primeiramente vamos entender alguns tipos de movimentos que existem, também conhecido como "Movimento de Contracultura" ou "Movimento Social".

Um Movimento de Contracultura  pode ser entendido como um movimento de contestação de caráter social e cultural. Nasceu e ganhou força, principalmente entre os jovens de décadas passadas, seguindo pelas décadas posteriores até os dias atuais. 

Movimento Social: organização nitidamente estruturada e identificada, cuja finalidade é arregimentar um número maior ou menor de pessoas para a defesa ou promoção de certos objetivos.

Segundo o dicionário "MOVIMENTO" significa: grupo de pessoas com um objetivo.

Baseado neste significado, estaremos estudando o que foram os Movimentos Musicais Brasileiros, como eles afetaram nossa música, como eles se fundamentaram, quais foram seus princípios e bases.


"Tropicalismo"
"Bossa Nova"




 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Canto Gregoriano


canto gregoriano é um gênero de música vocal monofônica, monódica (só uma melodia), não acompanhada, ou acompanhada apenas pela repetição da voz principal com o organum, com o ritmo livre e não medido, utilizada pelo ritual da liturgia católica romana, a idéia central do cantochão ocidental.[1]
As características foram herdadas dos salmos judaicos, e das cantigas da idade media ,assim como dos modos (ou escalas, mais modernamente) gregos, que no século VI foram selecionados e adaptados porGregório Magno para serem utilizados nas celebrações religiosas da Igreja Católica.
O Surgimento do Canto Gregoriano
O Canto Gregoriano surgiu como elemento primordial de um processo de unificação da Europa que constituiu tanto na reunião de cantos antigos como na criação de cantos novos. Esse processo aconteceu também na liturgia dos ritos europeus a partir do modelo romano proposto por Papa Gregório I(590 - 604) mas foi a partir da ascensão de Carlos Magno (800 d. C) que a Liturgia e o Canto romano foram elevados ao status de Oficial.
No começo da Idade Média, a Igreja Católica Apostólica Romana era uma "instituição" de grande poder e tinha total influência sobre a sociedade. Esse poder se mostrava de diversas maneiras como por exemplo no exclusivo conhecimento da Bíblia e das partituras musicais, cujas não eram escritas ou copiadas da forma que a conhecemos hoje e sim com a utilização de neumas. A música sacra dentro da Liturgia Católica desse período era constituída essencialmente do Canto Gregoriano. Isso se deu por um bom tempo, pois era uma forma da Igreja se diferenciar das práticas profanas ou secular, nas quais eram constituídas de música instrumental, dançante na maioria das vezes e com letras sobre diversos assuntos e não só sacros.

"Partitura" para Canto Gregoriano




sábado, 3 de dezembro de 2011

Os Neumas

Neumas são os elementos básicos do sistema de notação musical antes da invenção da notação de pautas de cinco linhas.
notação musical começou por surgir primeiro com a função de auxiliar a memória de quem cantava e só mais tarde se tornou cada vez mais precisa. Primeiramente, eram colocadas pequenas marcas junto das palavras indicando o tipo de movimento sonoro a cantar. Essas marcas chamavam-se neumas e dividiam-se em dois grupos:
  • virga, quando o movimento musical era ascendente,
  • tractulus, quando o movimento musical era descendente
  • o raramente usado gravis quando era muito descendente,
  • e o punctum, utilizado muitas vezes no meio de neumas menos simples como o os de dois sons (podatus e clivis) e de três ou mais sons (torculusporrectusscandicus e climacus).
Existiam também algumas alterações aos neumas, como o subpunctis, o resupinus, e o flexus. Existiam também vários sinais de pequenas alterações rítmicas, melódicas, ou interpretativas, assinaladas com letras. Neste sistema, o cantor tinha de conhecer previamente as músicas. Mais tarde, foram sendo implantadas linhas, no sistema musical, até chegar a um conjunto de quatro. Esta forma musical foi muito utilizada na Idade Média. Só mais tarde foram implantadas cinco linhas.


Neumas (latim: sinal ou curvado)
  • Prosódia grega: acutus () inflexão ascendente; gravis () inflexão descendente;
  • Combinações permitiam várias inflexões ascendentes e descendentes:  ou , etc.
  • Período de transição:
    • acutus passou a chamar-se: virga (latim: vara);
    • gravis, substituído por uma linha curva () ou ponto (), passou a chamar-se punctum (latim: ponto).
    • Algumas "formas de neumas" tinham nomes descritivos:
    • Podatus (ou Pes): pédo grave para o agudo
      Clivis: dobra, curva (encosta do morro)do agudo para o grave
      Scandicus: subida, aclive3 notas ascendentes
      Climacus: escada (em caracol), declive3 notas descendentes
      Torculus: torcido, lagar (tanque)grave–agudo–grave
      Porrectus: estendido, esticadoagudo–grave–agudo
    • Começam a ser classificados conforme a função:
      • neumas normais (usados para notação melódica somente):
        • simples (tais como a virga e o punctum usados para notas únicas e outros para grupos de 2 e 3 notas);
        • compostos (várias combinações de neumas simples usadas para grupos de 4 e 5 notas);
      • neumas de "performance" (execução ou interpretação).
  • Entre os Séculos IX e XIII os neumas foram modificados para formatos quadrados:
    • virga começou a ser escrita como uma forma de nota quadrada (), e;
    • punctum foi alterado para a forma de um ponto quadrado ().
  • Em suas formas quadradas, conhecidas como Góticas, duas ou mais notas podiam ser juntadas para formar um único grupo chamado ligadura; são usadas ainda hoje em dia.
  • Exemplo E: Tabela de Neumas.

O sistema de neumas (antigo) proporcionava apenas uma "lembraça" do contorno geral da melodia mas não podia indicar a altura exata nem a duração das notas.


Breve história da Notação Musical

É noite de estréia: a orquestra faz sua primeira apresentação para o público! Agitando as mãos, o maestro comanda os músicos. E, volta e meia, confere alguns papéis, colocados à sua frente. O mesmo fazem os instrumentistas! Com um olho no regente e outro nas folhas, eles tocam para a platéia, que já se pergunta: afinal, o que está escrito nesses papéis que o maestro e os músicos não cansam de olhar? Ora, só algo muito importante para a orquestra: a música!
Sim, como a língua que falamos, a música também pode ser lida e escrita. Isso porque, ao longo dos séculos, os sons e as instruções necessárias para tocá-los começaram a ser representados graficamente no papel. Mas até que isso acontecesse um longo caminho precisou ser percorrido.
A música, durante muitos séculos, foi transmitida oralmente. As pessoas a cantavam ou tocavam e, dessa maneira, ela ia sendo passada de geração em geração. Hoje, canções folclóricas -- como as de nossos índios e as de grupos africanos -- ainda são, em geral, difundidas dessa forma: com a música sendo registrada apenas na memória.
Por volta do século 9, porém, esse jeito de levar a música às pessoas começou a mudar. Nessa época, a música costumava ser cantada e usada em cultos religiosos. Então, para ajudar os que cantavam a se lembrar dela, foram criados símbolos -- pontos, traços e linhas sinuosas --, que acompanhavam os textos apresentados nas cerimônias. Era preciso escrever as músicas para que não fossem esquecidas. Veja os símbolos que representavam o canto gregoriano no séc.9.


Era o início da notação musical. Ferramenta indispensável para ler e escrever música, ela é nada mais, nada menos do que a representação gráfica dos sons e das instruções para tocá-los feita sobre o papel -- a partitura. Esses sons são imaginados e ouvidos mentalmente pelo compositor e vão parar no papel para que a música não seja esquecida e, assim, possa ser tocada novamente.
Ao olhar uma partitura com atenção, músicos treinados e experientes são capazes de ler a música impressa no papel e ouvi-la mentalmente. Nesse primeiro contato, eles começam a pensar como gostariam de executá-la. Os regentes de orquestra, contudo, têm um trabalho mais complexo: ao olhar uma partitura, eles não imaginam apenas a parte que cabe a cada instrumento. Eles ouvem, na sua mente, toda as partes, de todos os instrumentos, somadas.
Os sons que podem ser lidos ou ouvidos têm, basicamente, quatro qualidades: altura, duração, intensidade e timbre. A altura é a capacidade que o som tem de ser mais grave ou agudo; é o movimento de subida e descida dos sons que cria a melodia da música. A duração é a capacidade que o som tem de ser mais longo ou curto; é a seqüência de sons com durações diferentes que cria o ritmo da música. A intensidade é a capacidade que o som tem de ser mais forte ou fraco. Por fim, o timbre é a qualidade de diferenciar instrumentos e vozes uns dos outros.
Combinando de diferentes formas a altura, a duração, a intensidade e o timbre dos sons, o ser humano criou as músicas, em diferentes formas e com diversos propósitos. Para não esquecê-las e, assim, fazer com que elas pudessem ser tocadas de novo, ele inventou maneiras de registrá-las no papel -- as partituras. No entanto, o mais interessante é que, ao fazer isso, permitiu um enorme desenvolvimento artístico!
Os compositores, ao transmitirem para o papel as idéias musicais que tinham, foram, aos poucos, tornando as composições mais longas e complexas. Houve um estímulo para a criação de novos instrumentos, o uso deles em grande número e ao mesmo tempo e a construção de salas de concerto maiores. A própria notação musical -- a representação gráfica dos sons e das instruções de como tocá-los, lembra? -- também foi se tornando mais precisa e complexa. Ela retratou, ao longo da história, as transformações que a música passou e as mudanças que ela ainda sofre.
Na pauta musical, as claves (que podem ser de sol, fá ou outras notas) indicam a região em que a música será executada.

No século 11, por exemplo, os sons passaram a ser chamados de ut (que depois virou dó), ré, mi, fá, sol, lá, si. Nessa época, as seqüências de sons também começaram a ser registradas com maior precisão em linhas e espaços -- a pauta. Ela era acompanhada pelas claves, sinais que indicam em que região -- se na mais grave ou mais aguda -- os sons serão ouvidos ou executados.
Até o século 13, a música instrumental era pouco comum. A música era cantada. Então, existia uma forte relação entre ela e a palavra. O ritmo musical era dado pelo ritmo da palavra e resultava da sucessão de sílabas curtas e longas, acentos fracos e fortes. A duração de cada som, no entanto, não era precisa, pois ela ainda não havia sido medida e nem existia uma preocupação em fazer isso. Sabia-se apenas que o som era longo ou breve e era essa informação que ia para o papel.
A idéia de medir a duração dos sons só chegou à música com a criação do primeiro relógio na cidade de Londres, na Inglaterra, no século 13. Nessa época, surge a preocupação em medir o tempo, o que teve influência na música. A duração do som passa a ser medida e representada na partitura. Também são estabelecidas proporções entre as durações. Ou seja, é definido se a duração de um som é o dobro ou o triplo, por exemplo, de outra duração, que serve como referência.
No final do século 18, os avanços na construção de instrumentos musicais permitem que os músicos comecem a se expressar de novas maneiras. Eles passam, então, a fazer mudanças gradativas na intensidade dos sons durante a execução da música. Por conta disso, surgem sinais para indicar, no papel, essas mudanças gradativas, que vão do pianíssimo -- ou pp, que significa muito suave -- ao fortíssimo -- ou ff. Modificações sutis e gradativas na velocidade em que a música deve ser tocada também começam a ser assinaladas. Elas são indicadas com termos como accelerando -- que quer dizer progressivamente mais rápido -- e rallentando -- gradualmente mais lento.
Como a notação musical sempre procurou acompanhar as mudanças que ocorreram no processo de criação musical e isso continua a acontecer, no século 20, foram criadas representações gráficas dos sons diferentes das que existiam até então. Isso ocorreu por conta dos novos efeitos sonoros e das novas formas de explorar os instrumentos musicais que surgiram na época. De um modo geral, as representações gráficas inventadas no século passado costumam dar maior liberdade ao intérprete da música e o convidam a improvisar.



Na primeira pauta, as alturas e durações dos sons de uma melodia foram
escritas da forma tradicional; na segunda, de uma forma diferente, criada pelo compositor. Suíte mirim para piano, de Ernst Widmer (1927-1990).
Antes de encerrarmos esse papo sobre notação musical, há duas coisas que você precisa saber. A primeira é que, apesar de representar graficamente os sons e as instruções para tocá-los, a notação musical, sob certos aspectos, é bastante imprecisa. Por conta disso, ela permite que nós possamos pensar em interpretações diferentes para a mesma música, o que interfere no seu sentido.
É como na poesia: quando lemos um poema, temos de pensar onde vamos respirar, quanto irá durar nossa respiração, quando recitaremos mais baixo, mais piano ou mais forte, em que momento leremos mais lento ou rápido, em qual trecho apressaremos ou atrasaremos nossa fala e assim por diante. O sentido que o poema irá ganhar dependerá de cada decisão que tomamos.
Além de levar em consideração que a notação musical tem o seu lado de imprecisão, você precisa ter em mente que ler e escrever música, como ler e escrever a nossa língua, exige estudo. Naturalmente, podemos nos comunicar verbalmente, criar poesia e inventar histórias sem saber ler e escrever. Da mesma forma, também podemos inventar música, cantar, fazer desafios e até mesmo tocar “de ouvido”, isto é, tentar reproduzir em um instrumento alguma música de nossa preferência ou alguma idéia musical que tenhamos inventado. Mas, sem dúvida, ao agir dessa forma, ficamos limitados aos nossos sentidos e à nossa memória. E, assim, desperdiçamos a riqueza musical que foi construída por vários artistas ao longo dos séculos.

Fonte: Ciência Hoje das Crianças 138, agosto 2003
Instituto Villa-lobos, Universidade do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A evolução das claves musicais


As claves musicais são um elemento muito importante na notação musical e na Teoria Musical. Elas indicam como o músico deve ler a pentagrama; cada clave indica a posição de uma nota específica e, a partir dessa nota, deduz-se as outras. A clave é o elemento chave da notação musical no pentagrama; não é à toa que a palavra vem do latim clavis, que significa chave.
A diferença de claves foi estipulada para facilitar a notação de diferentes alturas; ela confere nome e altura às notas. Como o pentagrama possui cinco linhas e quatro espaços na pauta, só se podem representar nove notas. Existe a possibilidade de utilização de linhas complementares na notação, mas, muitas vezes, se faz necessário mais do que se consegue (geralmente usa-se até cinco linhas complementares nas extremidades a pauta). Dessa forma, as claves possibilitam que a altura das notas seja diferenciada na notação musical.
Já existiram muitas claves, mas, hoje em dia, as mais comuns são as claves de Sol, Fá e Dó. Hoje cada uma das claves tornou-se um símbolo de forte identificação, mas elas sofreram alterações na sua estrutura com o tempo.


Cada clave correspondia à letra correspondente à sua nota na notação em cifra.G para Sol,F para Fá e a clave de Dó representa o encontro de dois C invertidos.
A tipografia de Gutenberg revolucionou a notação musical, pois fez com que a notação se padronizasse, seguindo os meios de impressão da época. Isso reduziu a velocidade de evolução dos símbolos musicais – que sofriam alterações com a irregularidade da cópia à mão – e, conseqüentemente, das claves musicais.