sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Alguns Movimentos Musicais Brasileiros e suas Principais Unidades:


 
Bossa Nova (1958 – 1964)
Formada por músicos e compositores da classe média alta.
Características musicais: desenvolvimentos do canto falado ao invés da valorização da voz.
Com as mudanças políticas causadas pelo golpe militar as canções começaram a trazer temas sociais.
Usada como instrumento de contestação política da classe média carioca.

Tropicalismo
Marco inicial: festival de música de 1967.
Influência da cultura popular brasileira e internacional, e de correntes de vanguarda como o concretismo.
Possibilita um sincretismo entre vários estilos musicais como o rock, bossa nova, baião, samba, bolero, etc.
As letras possuem tom poético elaborando críticas sociais e abordando temas do cotidiano.
NÃO queriam utilizar a música como arma de combate político à ditadura militar. Acreditavam que a inovação estética musical já era uma forma revolucionária.
Introdução da guitarra elétrica – receberam críticas por esta utilização, diziam que era influência da cultura americana.
Novos padrões estéticos.

Clube da Esquina (1970)
Movimento musical mineiro – representa o espírito de Minas.
Música revolucionária, regionalista, sofisticada com influência do barroco mineiro
Ideologia: pregava a busca de uma vida mais equilibrada e feliz.
Consciência ecológica no Brasil.
O homem, o questionamento do progresso, a estrada, a natureza, a busca do equilíbrio.
Compunham e tocavam em grandes bandos.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Tribos Urbanas X Movimentos Musicais

Tribos Urbanas

Tribo jovem ou tribo urbana é o nome dado a um grupo de pessoas com hábitos, valores culturais, estilos musicais e/ou ideologias políticas semelhantes. Algumas tribos são alternativas à ordem social baseada na organização familiar, outras são apenas nomes genéricos dados a determinados grupos de pessoas.

Tribos jovens são mais comuns em grandes metrópoles, por esse motivo são chamadas de tribos urbanas.

Todos os movimentos de contracultura são tribos urbanas, porém, nem todas as tribos urbanas são movimentos de contracultura.

Uma tribo jovem não é determinada por sua ideologia política, pois, nesse caso, o movimento hippie e o movimento punk seriam iguais. Apesar de ambos serem movimentos anarquistas, as atitudes dos hippies e dos punks são muito diferentes.

Na pré-história, os grupos humanóides se fortaleciam por interesses em comum e genomas em comum, e hoje isto se repete com um certo grau de relevância, o que é bastante interessante, visto que as subespécies humanas tendem a se aglomerar nas cidades e abandonar culturas instintivas - o que tem se provado falso na prática principalmente graças ao advento da internet.

Existe um grande número de tribos jovens. Algumas das tribos jovens são:
* Baladeiros
* Emos
* Headbangers/Metaleiros
* Hippies
*
Nerds: Geeks, Trekkers, Otakus e Afins
* Patricinhas
* Punks
* Rockeiros
* Skinheads












Movimentos Musicais

Para se entender o que é um Movimento Musical, primeiramente vamos entender alguns tipos de movimentos que existem, também conhecido como "Movimento de Contracultura" ou "Movimento Social".

Um Movimento de Contracultura  pode ser entendido como um movimento de contestação de caráter social e cultural. Nasceu e ganhou força, principalmente entre os jovens de décadas passadas, seguindo pelas décadas posteriores até os dias atuais. 

Movimento Social: organização nitidamente estruturada e identificada, cuja finalidade é arregimentar um número maior ou menor de pessoas para a defesa ou promoção de certos objetivos.

Segundo o dicionário "MOVIMENTO" significa: grupo de pessoas com um objetivo.

Baseado neste significado, estaremos estudando o que foram os Movimentos Musicais Brasileiros, como eles afetaram nossa música, como eles se fundamentaram, quais foram seus princípios e bases.


"Tropicalismo"
"Bossa Nova"




 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Canto Gregoriano


canto gregoriano é um gênero de música vocal monofônica, monódica (só uma melodia), não acompanhada, ou acompanhada apenas pela repetição da voz principal com o organum, com o ritmo livre e não medido, utilizada pelo ritual da liturgia católica romana, a idéia central do cantochão ocidental.[1]
As características foram herdadas dos salmos judaicos, e das cantigas da idade media ,assim como dos modos (ou escalas, mais modernamente) gregos, que no século VI foram selecionados e adaptados porGregório Magno para serem utilizados nas celebrações religiosas da Igreja Católica.
O Surgimento do Canto Gregoriano
O Canto Gregoriano surgiu como elemento primordial de um processo de unificação da Europa que constituiu tanto na reunião de cantos antigos como na criação de cantos novos. Esse processo aconteceu também na liturgia dos ritos europeus a partir do modelo romano proposto por Papa Gregório I(590 - 604) mas foi a partir da ascensão de Carlos Magno (800 d. C) que a Liturgia e o Canto romano foram elevados ao status de Oficial.
No começo da Idade Média, a Igreja Católica Apostólica Romana era uma "instituição" de grande poder e tinha total influência sobre a sociedade. Esse poder se mostrava de diversas maneiras como por exemplo no exclusivo conhecimento da Bíblia e das partituras musicais, cujas não eram escritas ou copiadas da forma que a conhecemos hoje e sim com a utilização de neumas. A música sacra dentro da Liturgia Católica desse período era constituída essencialmente do Canto Gregoriano. Isso se deu por um bom tempo, pois era uma forma da Igreja se diferenciar das práticas profanas ou secular, nas quais eram constituídas de música instrumental, dançante na maioria das vezes e com letras sobre diversos assuntos e não só sacros.

"Partitura" para Canto Gregoriano




sábado, 3 de dezembro de 2011

Os Neumas

Neumas são os elementos básicos do sistema de notação musical antes da invenção da notação de pautas de cinco linhas.
notação musical começou por surgir primeiro com a função de auxiliar a memória de quem cantava e só mais tarde se tornou cada vez mais precisa. Primeiramente, eram colocadas pequenas marcas junto das palavras indicando o tipo de movimento sonoro a cantar. Essas marcas chamavam-se neumas e dividiam-se em dois grupos:
  • virga, quando o movimento musical era ascendente,
  • tractulus, quando o movimento musical era descendente
  • o raramente usado gravis quando era muito descendente,
  • e o punctum, utilizado muitas vezes no meio de neumas menos simples como o os de dois sons (podatus e clivis) e de três ou mais sons (torculusporrectusscandicus e climacus).
Existiam também algumas alterações aos neumas, como o subpunctis, o resupinus, e o flexus. Existiam também vários sinais de pequenas alterações rítmicas, melódicas, ou interpretativas, assinaladas com letras. Neste sistema, o cantor tinha de conhecer previamente as músicas. Mais tarde, foram sendo implantadas linhas, no sistema musical, até chegar a um conjunto de quatro. Esta forma musical foi muito utilizada na Idade Média. Só mais tarde foram implantadas cinco linhas.


Neumas (latim: sinal ou curvado)
  • Prosódia grega: acutus () inflexão ascendente; gravis () inflexão descendente;
  • Combinações permitiam várias inflexões ascendentes e descendentes:  ou , etc.
  • Período de transição:
    • acutus passou a chamar-se: virga (latim: vara);
    • gravis, substituído por uma linha curva () ou ponto (), passou a chamar-se punctum (latim: ponto).
    • Algumas "formas de neumas" tinham nomes descritivos:
    • Podatus (ou Pes): pédo grave para o agudo
      Clivis: dobra, curva (encosta do morro)do agudo para o grave
      Scandicus: subida, aclive3 notas ascendentes
      Climacus: escada (em caracol), declive3 notas descendentes
      Torculus: torcido, lagar (tanque)grave–agudo–grave
      Porrectus: estendido, esticadoagudo–grave–agudo
    • Começam a ser classificados conforme a função:
      • neumas normais (usados para notação melódica somente):
        • simples (tais como a virga e o punctum usados para notas únicas e outros para grupos de 2 e 3 notas);
        • compostos (várias combinações de neumas simples usadas para grupos de 4 e 5 notas);
      • neumas de "performance" (execução ou interpretação).
  • Entre os Séculos IX e XIII os neumas foram modificados para formatos quadrados:
    • virga começou a ser escrita como uma forma de nota quadrada (), e;
    • punctum foi alterado para a forma de um ponto quadrado ().
  • Em suas formas quadradas, conhecidas como Góticas, duas ou mais notas podiam ser juntadas para formar um único grupo chamado ligadura; são usadas ainda hoje em dia.
  • Exemplo E: Tabela de Neumas.

O sistema de neumas (antigo) proporcionava apenas uma "lembraça" do contorno geral da melodia mas não podia indicar a altura exata nem a duração das notas.


Breve história da Notação Musical

É noite de estréia: a orquestra faz sua primeira apresentação para o público! Agitando as mãos, o maestro comanda os músicos. E, volta e meia, confere alguns papéis, colocados à sua frente. O mesmo fazem os instrumentistas! Com um olho no regente e outro nas folhas, eles tocam para a platéia, que já se pergunta: afinal, o que está escrito nesses papéis que o maestro e os músicos não cansam de olhar? Ora, só algo muito importante para a orquestra: a música!
Sim, como a língua que falamos, a música também pode ser lida e escrita. Isso porque, ao longo dos séculos, os sons e as instruções necessárias para tocá-los começaram a ser representados graficamente no papel. Mas até que isso acontecesse um longo caminho precisou ser percorrido.
A música, durante muitos séculos, foi transmitida oralmente. As pessoas a cantavam ou tocavam e, dessa maneira, ela ia sendo passada de geração em geração. Hoje, canções folclóricas -- como as de nossos índios e as de grupos africanos -- ainda são, em geral, difundidas dessa forma: com a música sendo registrada apenas na memória.
Por volta do século 9, porém, esse jeito de levar a música às pessoas começou a mudar. Nessa época, a música costumava ser cantada e usada em cultos religiosos. Então, para ajudar os que cantavam a se lembrar dela, foram criados símbolos -- pontos, traços e linhas sinuosas --, que acompanhavam os textos apresentados nas cerimônias. Era preciso escrever as músicas para que não fossem esquecidas. Veja os símbolos que representavam o canto gregoriano no séc.9.


Era o início da notação musical. Ferramenta indispensável para ler e escrever música, ela é nada mais, nada menos do que a representação gráfica dos sons e das instruções para tocá-los feita sobre o papel -- a partitura. Esses sons são imaginados e ouvidos mentalmente pelo compositor e vão parar no papel para que a música não seja esquecida e, assim, possa ser tocada novamente.
Ao olhar uma partitura com atenção, músicos treinados e experientes são capazes de ler a música impressa no papel e ouvi-la mentalmente. Nesse primeiro contato, eles começam a pensar como gostariam de executá-la. Os regentes de orquestra, contudo, têm um trabalho mais complexo: ao olhar uma partitura, eles não imaginam apenas a parte que cabe a cada instrumento. Eles ouvem, na sua mente, toda as partes, de todos os instrumentos, somadas.
Os sons que podem ser lidos ou ouvidos têm, basicamente, quatro qualidades: altura, duração, intensidade e timbre. A altura é a capacidade que o som tem de ser mais grave ou agudo; é o movimento de subida e descida dos sons que cria a melodia da música. A duração é a capacidade que o som tem de ser mais longo ou curto; é a seqüência de sons com durações diferentes que cria o ritmo da música. A intensidade é a capacidade que o som tem de ser mais forte ou fraco. Por fim, o timbre é a qualidade de diferenciar instrumentos e vozes uns dos outros.
Combinando de diferentes formas a altura, a duração, a intensidade e o timbre dos sons, o ser humano criou as músicas, em diferentes formas e com diversos propósitos. Para não esquecê-las e, assim, fazer com que elas pudessem ser tocadas de novo, ele inventou maneiras de registrá-las no papel -- as partituras. No entanto, o mais interessante é que, ao fazer isso, permitiu um enorme desenvolvimento artístico!
Os compositores, ao transmitirem para o papel as idéias musicais que tinham, foram, aos poucos, tornando as composições mais longas e complexas. Houve um estímulo para a criação de novos instrumentos, o uso deles em grande número e ao mesmo tempo e a construção de salas de concerto maiores. A própria notação musical -- a representação gráfica dos sons e das instruções de como tocá-los, lembra? -- também foi se tornando mais precisa e complexa. Ela retratou, ao longo da história, as transformações que a música passou e as mudanças que ela ainda sofre.
Na pauta musical, as claves (que podem ser de sol, fá ou outras notas) indicam a região em que a música será executada.

No século 11, por exemplo, os sons passaram a ser chamados de ut (que depois virou dó), ré, mi, fá, sol, lá, si. Nessa época, as seqüências de sons também começaram a ser registradas com maior precisão em linhas e espaços -- a pauta. Ela era acompanhada pelas claves, sinais que indicam em que região -- se na mais grave ou mais aguda -- os sons serão ouvidos ou executados.
Até o século 13, a música instrumental era pouco comum. A música era cantada. Então, existia uma forte relação entre ela e a palavra. O ritmo musical era dado pelo ritmo da palavra e resultava da sucessão de sílabas curtas e longas, acentos fracos e fortes. A duração de cada som, no entanto, não era precisa, pois ela ainda não havia sido medida e nem existia uma preocupação em fazer isso. Sabia-se apenas que o som era longo ou breve e era essa informação que ia para o papel.
A idéia de medir a duração dos sons só chegou à música com a criação do primeiro relógio na cidade de Londres, na Inglaterra, no século 13. Nessa época, surge a preocupação em medir o tempo, o que teve influência na música. A duração do som passa a ser medida e representada na partitura. Também são estabelecidas proporções entre as durações. Ou seja, é definido se a duração de um som é o dobro ou o triplo, por exemplo, de outra duração, que serve como referência.
No final do século 18, os avanços na construção de instrumentos musicais permitem que os músicos comecem a se expressar de novas maneiras. Eles passam, então, a fazer mudanças gradativas na intensidade dos sons durante a execução da música. Por conta disso, surgem sinais para indicar, no papel, essas mudanças gradativas, que vão do pianíssimo -- ou pp, que significa muito suave -- ao fortíssimo -- ou ff. Modificações sutis e gradativas na velocidade em que a música deve ser tocada também começam a ser assinaladas. Elas são indicadas com termos como accelerando -- que quer dizer progressivamente mais rápido -- e rallentando -- gradualmente mais lento.
Como a notação musical sempre procurou acompanhar as mudanças que ocorreram no processo de criação musical e isso continua a acontecer, no século 20, foram criadas representações gráficas dos sons diferentes das que existiam até então. Isso ocorreu por conta dos novos efeitos sonoros e das novas formas de explorar os instrumentos musicais que surgiram na época. De um modo geral, as representações gráficas inventadas no século passado costumam dar maior liberdade ao intérprete da música e o convidam a improvisar.



Na primeira pauta, as alturas e durações dos sons de uma melodia foram
escritas da forma tradicional; na segunda, de uma forma diferente, criada pelo compositor. Suíte mirim para piano, de Ernst Widmer (1927-1990).
Antes de encerrarmos esse papo sobre notação musical, há duas coisas que você precisa saber. A primeira é que, apesar de representar graficamente os sons e as instruções para tocá-los, a notação musical, sob certos aspectos, é bastante imprecisa. Por conta disso, ela permite que nós possamos pensar em interpretações diferentes para a mesma música, o que interfere no seu sentido.
É como na poesia: quando lemos um poema, temos de pensar onde vamos respirar, quanto irá durar nossa respiração, quando recitaremos mais baixo, mais piano ou mais forte, em que momento leremos mais lento ou rápido, em qual trecho apressaremos ou atrasaremos nossa fala e assim por diante. O sentido que o poema irá ganhar dependerá de cada decisão que tomamos.
Além de levar em consideração que a notação musical tem o seu lado de imprecisão, você precisa ter em mente que ler e escrever música, como ler e escrever a nossa língua, exige estudo. Naturalmente, podemos nos comunicar verbalmente, criar poesia e inventar histórias sem saber ler e escrever. Da mesma forma, também podemos inventar música, cantar, fazer desafios e até mesmo tocar “de ouvido”, isto é, tentar reproduzir em um instrumento alguma música de nossa preferência ou alguma idéia musical que tenhamos inventado. Mas, sem dúvida, ao agir dessa forma, ficamos limitados aos nossos sentidos e à nossa memória. E, assim, desperdiçamos a riqueza musical que foi construída por vários artistas ao longo dos séculos.

Fonte: Ciência Hoje das Crianças 138, agosto 2003
Instituto Villa-lobos, Universidade do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A evolução das claves musicais


As claves musicais são um elemento muito importante na notação musical e na Teoria Musical. Elas indicam como o músico deve ler a pentagrama; cada clave indica a posição de uma nota específica e, a partir dessa nota, deduz-se as outras. A clave é o elemento chave da notação musical no pentagrama; não é à toa que a palavra vem do latim clavis, que significa chave.
A diferença de claves foi estipulada para facilitar a notação de diferentes alturas; ela confere nome e altura às notas. Como o pentagrama possui cinco linhas e quatro espaços na pauta, só se podem representar nove notas. Existe a possibilidade de utilização de linhas complementares na notação, mas, muitas vezes, se faz necessário mais do que se consegue (geralmente usa-se até cinco linhas complementares nas extremidades a pauta). Dessa forma, as claves possibilitam que a altura das notas seja diferenciada na notação musical.
Já existiram muitas claves, mas, hoje em dia, as mais comuns são as claves de Sol, Fá e Dó. Hoje cada uma das claves tornou-se um símbolo de forte identificação, mas elas sofreram alterações na sua estrutura com o tempo.


Cada clave correspondia à letra correspondente à sua nota na notação em cifra.G para Sol,F para Fá e a clave de Dó representa o encontro de dois C invertidos.
A tipografia de Gutenberg revolucionou a notação musical, pois fez com que a notação se padronizasse, seguindo os meios de impressão da época. Isso reduziu a velocidade de evolução dos símbolos musicais – que sofriam alterações com a irregularidade da cópia à mão – e, conseqüentemente, das claves musicais.



domingo, 20 de novembro de 2011

Almir Guineto






Almir de Souza Serra (Rio de Janeiro, 12 de julho de 1946), mais conhecido como Almir Guineto, é um sambista e compositor brasileiro. Fundador do Fundo de Quintal, Guineto é um dos maiores representantes do samba de raiz. Entre seus principais sucessos, destacam-se “Caxambu”, “Conselho”, “Jibóia”, “Lama nas Ruas” e “Mel na Boca”.

Nascido e criado no Morro do Salgueiro, na cidade do Rio de Janeiro, Almir Guineto teve contato direto com o samba desde a infância, já que havia vários músicos em sua família. Seu pai Iraci de Souza Serra era violonista e integrava o grupo Fina Flor do Samba; sua mãe Nair de Souza (mais conhecida como “Dona Fia”) era costureira e uma das principais figuras da Acadêmicos do Salgueiro; seu irmão Francisco de Souza Serra (mais conhecido como Chiquinho) foi um dos fundadores dos “Originais do Samba”.

Na década de 1970, Almir já era mestre de bateria e um dos diretores da Salgueiro e fazia parte do grupo de compositores que freqüentavam o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos. Nessa época, Almir inovou o samba ao introduzir o banjo adaptado com um braço de cavaquinho. O instrumento híbrido foi adotado por vários grupos de samba.
Em 1979, Almir mudou-se para a cidade de São Paulo para se tornar o cavaquinista dos Originais do Samba. Lá fez “Bebedeira do Zé”, sua primeira composição gravada pelo grupo, onde a voz do Sambista aparece puxa o verso “Mas dá um tempo na cachaça, Zé/ Para prolongar o seu viver” e a sambista Beth Carvalho gravou algumas composições de Guineto, como “Coisinha do Pai”, “Pedi ao Céu” e “Tem Nada Não”.













Publicado por Eliete Vasconcelos

domingo, 16 de outubro de 2011

TIMBRE - Parte II


Autor: Edson Osni Ramos (Cebola)
Fontes: Ramos, E. , Crônicas de Física, volume 2, editora Pascal, Florianópolis, 2000.
Revista Veja na Sala de Aula, editora Abril, edição de 6 de outubro de 2004.
.
.O timbre é a qualidade fisiológica do som que identifica a fonte emissora da onda sonora. Está relacionado ao formato da onda (número de harmônicos) e é o que nos permite distinguir sons de mesma altura e mesma intensidade, emitidos por fontes diferentes.
Quando você atende ao telefone e reconhece a voz de seu interlocutor, você reconheceu o timbre da voz dele. Cada um de nós possui um timbre de voz característico, mesmo que, para algumas pessoas (mães e filhas ou pais e filhos, por exemplo) as vozes sejam aparentemente muito semelhantes.
Para se ter noção de como o formato da onda (timbre) emitida por uma fonte difere da emitida por outra fonte, observe a figura a seguir, onde um diapasão, uma clarineta e um trompete emitem, cada qual, sons de mesma intensidade e mesma freqüência (no caso, a nota lá, com freqüência de 440 Hz). Na análise harmônica da figura, perceba a diferença entre os harmônicos de cada som emitido.


A ciência pode hoje apontar certas características físicas de um som musical que o distinguem de sons que apenas fazem ruídos. Utilizando instrumentos que transformam as ondas sonoras em imagens visuais, os cientistas aprenderam que a maioria dos sons musicais formam estruturas definidas de ondas e que cada instrumento produz uma modalidade diferente.


O som é medido por três grandezas; a intensidade, a freqüência e o timbre. A primeira refere-se à amplitude das oscilações da pressão do ar; a segunda é o número de vezes que a oscilação ocorre na unidade de tempo; e a última é relativa a presença de harmônicos.
O timbre pode ser melhor explicado premindo-se a tecla de um piano. Assim, uma corda é posta a vibrar, produzindo um som caracterizado por uma freqüência fundamental (correspondente à nota própria da tecla) mais os sons que a corda gera vibrando de modos diferentes. Há, na corda, durante a emissão sonora , uma vibração complexa que pode ser decomposta em partes simples: uma oscilação cujo comprimento de onda é igual ao dobro do comprimento da corda (freqüência fundamental, ou harmônico de primeira ordem); outra cujo comprimento de onda é metade desse fundamental (harmônico de segunda ordem, de freqüência mais alta); outra, ainda, com o comprimento de onda igual a um terço da dupla extensão da corda (harmônico de terceira ordem, de freqüência ainda mais elevada), e assim por diante, até o limiar superior de audição do ouvido humano, situado em torno de 16 000 Hz.
Cada instrumento diferencia-se dos demais pelo timbre. A mesma nota emitida por uma trompa soa diferente quando produzida por um violino. Isso acontece porque, embora a freqüência fundamental dos sons seja a mesma em ambos os instrumentos, a excitação das freqüências harmônicas é diferente. No violino uma extensa gama de harmônicos comparece junto à fundamental, resultando do conjunto desses sons o timbre do instrumento.

Fontes sonorasFonte sonora é qualquer corpo capaz de fazer o ar oscilar com ondas de freqüência e amplitude detectáveis pelos nossos ouvidos. No entanto, as fontes mais variadas e ricas em qualidade sonora são os instrumentos musicais, que, de forma geral, podem ser classificados em três grandes grupos: os instrumentos de corda, como o violino, viola, contrabaixo, harpa e violoncelo; os instrumentos de percussão, como o tambor e o xilofone; e os instrumentos de sopro, como a clarineta, a flauta e o saxofone.
Cada instrumento musical tem a característica de emitir uma mesma nota com timbre diferente daquele dos demais. Isso dá ao instrumento uma qualidade particular, que o torna único.
Instrumentos de cordaNa maioria desses instrumentos as cordas são geralmente presas pelos dedos da mão esquerda. Obtêm-se os diferentes tons variando o comprimento das cordas. A harpa é uma exceção. Tem quarenta e seis cordas separadas, por não ser possível variar o comprimento delas. Os pedais da harpa, no entanto, podem variar a tensão das cordas.
A madeira e os espaços de ar no corpo de um violino ao longo das cordas são essenciais na produção de um bom som. Um bom violino tem a virtude especial de vibrar fielmente com cada corda e nas diversas alturas, mesmo nas mais agudas. Um violino deficiente altera as vibrações, aumentando algumas e omitindo outras.
O estudo dos instrumentos de corda está baseado na teoria das ondas estacionárias, ou seja, na freqüência das ondas sonoras que as cordas emitem. Essas freqüências naturais dependem de três fatores: a densidade linear das cordas, o módulo da tração a que elas estão submetidas e o comprimento da corda.
Instrumentos de soproNos instrumentos de corda, os músicos fazem vibrar as cordas. A vibração se transmite a todo o instrumento, que faz vibrar o ar e produz o som que chega a nossos ouvidos. Nos instrumentos de sopro, o músico faz vibrar o ar diretamente.
Sopre na boca de várias garrafas que contenham quantidades diferentes de água. As que contiverem mais ar produzirão um tom mais baixo do que as outras. A coluna de ar mais longa, como a corda mais longa, produz o som mais grave.
Na maioria dos instrumentos de sopro, do flautim ao órgão, muda-se a freqüência do som alterando-se o comprimento da coluna de ar. Em instrumentos como flautim, flauta, clarineta, saxofone, oboé e fagote o músico aumenta a coluna de ar cobrindo os orifícios do instrumento e a diminui descobrindo-os. Isso é feito com as pontas dos dedos diretamente ou com auxílio de teclas.
O bocal de uma clarineta, por exemplo, tem uma lâmina fina de bambu, ou "palheta". Soprando no bocal, você faz a palheta vibrar, produzindo, deste modo, uma onda sonora que se propaga para a extremidade aberta do instrumento, onde é parcialmente refletida. A onda refletida volta para o bocal, reflete-se de novo, e assim por diante. As ondas, viajando de uma extremidade para outra do tubo, fazem a palheta vibrar com uma certa freqüência. Se você encurtasse o tubo, as ondas viajariam uma distância menor voltando ao ponto de partida em menos tempo; a freqüência seria assim aumentada. Em vez de cortar o tubo, você pressiona teclas de modo a abrir os orifícios existentes nos lados. Isto tem o mesmo efeito que encurtar o tubo, e assim você pode tocar uma escala.
No trombone de vara faz-se o aumento e a redução da coluna de ar movimentando-se para dentro e para fora um tubo em forma de U. Em outros instrumentos, como a corneta, tuba, clarim, trompa e trombone - o que produz a vibração do ar é a vibração dos lábios do músico.
Instrumentos de percussãoOs sons dos instrumentos de percussão, como o tambor, dependem da vibração da película flexível em que se bate com baquetas ou com as mãos. A pele do tambor é esticada nas bases de uma superfície cilíndrica de madeira ou de metal. As vibrações da pele e do corpo do tambor produzem o som. Da mesma forma que nas cordas e nos tubos, as membranas também têm diferentes formas de vibração ou configurações de ondas estacionárias. Em alguns tipos de tambor pode-se alterar a freqüência do som variando-se a tensão da pele. O tocador de timbale altera a tensão da pele do tambor durante a execução de uma sinfonia.
Como instrumentos de ritmo, os tambores produzem sons que diferem radicalmente dos produzidos por instrumentos mais melodiosos. Um bombo e uma tuba, por exemplo, produzem sons de muito baixa intensidade. Mas a tuba toca uma nota musical definida, ao passo que o som do bombo é mais explosivo do que melódico. A razão é que a nota da tuba é composta de um certo número de ondas sonoras, cada qual com um comprimento de onda específico, ao passo que a pele em vibração do bombo e o seu interior cavernoso produzem um enxame desorganizado de ondas. Em vista do tamanho do bombo, suas ondas são quase todas de baixa intensidade, mas incoerentes demais para compor uma nota reconhecível.
Os tambores compreendem a subdivisão mais importante dos instrumentos de percussão. Tais instrumentos podem abranger quase tudo o que produz som quando percutido.

Fonte: 

TIMBRE - Parte I


Em música, chama-se timbre à característica sonora que nos permite distinguir se sons de mesma frequência foram produzidos por fontes sonoras conhecidas e que nos permite diferenciá-las. Quando ouvimos, por exemplo uma nota tocada por umpiano e a mesma nota (uma nota com a mesma altura) produzida por um violino, podemos imediatamente identificar os dois sons como tendo a mesma freqüência, mas com características sonoras muito distintas. O que nos permite diferenciar os dois sons é o timbre instrumental. De forma simplificada podemos considerar que o timbre é como a impressão digital sonora de um instrumento ou a qualidade de vibração vocal.
Embora as características físicas responsáveis pela diferenciação sonora dos instrumentos sejam bem conhecidas, a forma como ouvimos os sons também influencia na percepção do timbre. Este é um dos objetos de estudo da psicoacústica.
== Fundamentação física do timbre ==PNC Embora este fenômeno seja conhecido há séculos, somente há algumas décadas, com o advento da eletrônica foi possível compreendê-lo com mais precisão.
O Lá central do piano possui a freqüência de 440Hz. A nota eqivalente produzida por um violino possui a mesma freqüência. O que permite ao ouvido diferenciar os dois sons e identificar sua fonte é a forma da onda e seu envelope sonoro.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Timbre

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O Som

A acústica é o ramo da física que estuda os sons. Através da acústica é que conhecemos as duas grandes famílias em que os sons se dividem:
·         Sons Audíveis (sons que conseguimos ouvir);
·         Sons Inaudíveis (sons que fogem a nossa capacidade auditiva).
Tudo que percebemos através da audição é som. Porém, nem todos os sons podem ser percebidos. Muitos fogem à capacidade auditiva do ser humano.
Como o som é produzido?
É produzido através da vibração de um corpo, que faz com que as moléculas do ar se desloquem. Ex.: vibrando uma régua, vibrando as cordas do violão, através do toque do despertador, etc.
A quantidade de vibrações de um objeto, num determinado tempo, chama-se FREQUÊNCIA.

http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/1980410:BlogPost:45770

Como o som se propaga?
O som exige, para se propagar um meio material sólido, líquido ou gasoso, não se propaga no vácuo.
Obs. Vácuo é a ausência das moléculas do ar.
Ex. Embalagem de batata frita a vácuo.
O som pode se manifestar sob a forma de ruído e som musical. O ouvido humano só é capaz de perceber as vibrações na faixa de 16 a 16.000  vibrações por segundo (sons audíveis), sendo considerados musicais somente os sons de 32 a 4.000 vibrações por segundo. Acima ou abaixo desse limite são os ruídos.
Há vários tipos de ruídos de procedências diversas:
a)      Natureza (ex. trovão)
b)      Objeto (ex. pente)
c)       Animal (ex. miado de gato)
d)      Máquina (ex. despertador, máquina de escrever)
e)      Eletrônica (ex. celular, forno de microondas)
f)       Humano (ex. tosse, palmas)
Todos os ruídos juntamente com os sons musicais formam o chamado “mundo sonoro” (ruído + som = mundo sonoro).
Sons que não ouvimos são utilizados no treinamento de cães.
Os sons de alta frequência, que superam nossa capacidade auditiva são chamados de ultra-sons, enquanto que os sons de baixa frequência recebem o nome de infra-sons.
Existem aparelhos especialmente fabricados para produzir sons que não conseguimos ouvir. O “Apito de Galton”, por exemplo, é um desses aparelhos. Sua função é produzir os ultra-sons. Esse apito é geralmente usado no treinamento de cães, isto porque esses animais possuem um mecanismo auditivo mais sensível que o nosso. Em consequência, os cães são capazes de ouvir ultra-sons de até 30.000 vibrações por segundo. Sabendo disso, o domador utiliza-se do apito de Galton para condicionar o animal a obedecer determinadas ordens de acordo com os sopros que ele emite. Desta maneira, sem gritos ou alardes, o animal atende ao cumprimento de ordens que nós não conseguimos ouvir.

 Apito de Galton


Por Eliete Vasconcelos Gonçalves

terça-feira, 13 de setembro de 2011

SONOPLASTIA


É a comunicação pelo som.
Abrangendo todas as formas sonoras - música, efeitos sonoros e falas, a sonoplastia estabelece uma linguagem através de signos e significados.
É a união de sons, de músicas, de ambientes.

Sonoplastia = (do Lat. sono, som + Gr. plastós, modelado) é um termo exclusivo da língua portuguesa que surge na década de 60 com o teatro radiofónico, como a reconstituição artificial dos efeitos sonoros que acompanham a ação.

Esta definição é extensiva ao teatro, cinema, rádio, televisão e web. Tinha por função a recriação de sons da natureza, de animais e objetos, de ações e movimentos, elementos que em teatro radiofónico têm que ser ilustrados ou aludidos sonoramente.

 Incluía ainda a gravação e montagem de diálogos e a seleção, a gravação e alinhamento de música com uma função dramatúrgica na ação ou narração. O sonoplasta, auxiliado por um contra-regra que produzia efeitos sonoros tais como a abertura de uma porta à chave e o consequente fechamento, passos caminhando em pisos de diferentes superfícies, ou o galope de um cavalo.

O que faz o Sonoplasta?


O sonoplasta precisa ter sensibilidade, acuidade auditiva e criatividade. É o responsável pela criação e mixagem dos ruídos de foleys, efeitos especiais e fundos sonoros pedidos pela produção ou direção dos programas.

Na sonoplastia, a música e os elementos sonoros são fundamentais na construção da imagem que se forma na mente do ouvinte.

Postado por Eliete Vasconcelos Gonçalves

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA (por Frederico M.Moreira)

A música cai no vestibular? Então se não cai, pra que eu tenho que estudar isso?
            A música permite você a organizar seu pensamento, pois você faz parte de um universo sonoro. Quando você se transforma e se organiza internamente você é capaz de fazer o mesmo com todos os setores de sua vida.

            O que a música proporciona:

·         Atitudes de solidariedade e cooperação
·         Posicionar-se de maneira crítica
·         Conhecer características culturais brasileiras fortalecendo a identidade nacional
·         Perceber-se integrante
·         Desenvolve o sentimento de confiança em sua capacidade cognitiva, estética de inter-relação pessoal e inserção social.
·         Utilização da linguagem musical para se expressar e comunicar suas idéias
·         Ampliação de sensibilidade
·         Desenvolvimento da Percepção
·         Desenvolvimento da Reflexão
·         Desenvolvimento da imaginação

A música iguala as pessoas. Por exemplo, num coral de uma empresa (Ipiranga Petróleo) não há cargos hierárquicos como na própria empresa (gerentes, diretores, encarregados, peões etc.).

Por que quem estuda música melhora o raciocínio matemático e a aprendizagem em geral?

O cérebro funciona e acumula conhecimento, basicamente em dois blocos: o de problematização e o de solução. Quando, estando diante do bloco de problematização, nós conseguimos resolver (ou preencher) o bloco da solução, temos uma sensação de grande prazer. É isso o que a música nos faz.

A música é composta de pequenas estruturas de perguntas e de respostas, ou de problemas e soluções (problemas propostos e soluções apresentadas pelo compositor). Assim, ao ouvirmos uma música – que é cheia desses componentes – nos vamos acumulando micro-sensações de prazer e instintivamente estimulando o sistema de funcionamento do nosso cérebro.

Em verdade, quando ouvimos os “problemas” na estrutura musical, nós mesmos pensamos imediatamente em quais seriam as soluções (musicais) possíveis para aquelas perguntas que estamos ouvindo e, ao ouvirmos a solução que o compositor deu, queremos instintivamente ouvir e comparar se a dele foi igual àquela que daríamos.

É claro que nós não pensamos racionalmente sobre isso, ou seja, nós não dizemos “agora eu ouvi um trecho de pergunta. Qual será o de resposta?” Isso acontece sem que nos apercebamos, assim como nosso coração bate sem que a gente o comande.

Esse jogo interessante, instintivo aos seres vivos é que nos faz apreciar a música, tendo prazer ao ouvi-la. Em outras palavras, nós vamos “ensinando ao cérebro como ele tem que acumular conhecimento” de uma maneira instintiva e prazerosa.

É o estímulo a esse sistema cerebral – que a música proporciona - que nos faz ser melhores em outras funções e atividades como, por exemplo, no raciocínio matemático – que é uma fonte contínua de questão/solução.

            E então? Vamos fazer música?